(Por Fabiana Aquino Lana)

Simplesmente adoro viajar… Confesso que antes de colocar o pé na estrada leio alguma coisa a respeito do lugar que escolhi conhecer. Vejo as melhores opções de restaurantes, bares, museus, etc.

Mas nada me dá mais prazer do que propositalmente me “esquecer” da folhinha de dicas que carrego comigo. É incomparável o momento em que guardo o mapa na bolsa, fecho os olhos, cheiro o ar, e me solto… Tomo um trem sem sequer ler o letreiro, perco a hora conversando com estranhos, obedeço a sugestões charmosas de última hora…

Perder-me é o melhor caminho que conheço…

Infelizmente costumo fazer isso sozinha. Explico melhor: algumas pessoas possuem a necessidade de saber onde estão e para onde vão. E eu aprendi que preciso respeitar isso!

Mas, sabem de uma coisa?! Eu tenho verdadeiro tesão pelo “não sei!”

“Não sei” é uma das minhas expressões prediletas…

Com “não sei” conheci pessoas incríveis, ouvi histórias únicas, permiti-me conhecer becos coloridos, provei comidas, ouvi músicas que embalaram meu coração, conheci botecos charmosos, e bati muito papo bom…

Mudar o itinerário traçado, para mim, necessariamente faz parte da Rota.

É como escrever um livro: assim como as personagens ganham vida própria na história do artista e conduzem os dedos do mentor, assim também é o trajeto de quem anda pela vida.

Existe um momento em que Ela te pede as rédeas.. E, se você não soltar, nunca será surpreendido…

O “não sei”, ao contrário do que à primeira vista pode parecer, dá uma liberdade incrível, e, se se pensar melhor, com “não sei”, sabe-se muito bem onde se está!

Quando “não sei” me perco de tudo!

Mas é quando me sinto bem perto de mim…

Estou no comando!

Foto: Cristina Fagundes